sábado, 26 de julho de 2014

Com dois de Caio, Vitória bate o Criciúma e encerra série negativa no Brasileirão

Ayrton, de falta, fez o terceiro. Goleiro Wilson também teve atuação inspirada no Heriberto Hulse e salvou o time baiano de levar gols

Numa partida segura e aproveitando bem as oportunidades, o Rubro-negro baiano voltou a vencer no Brasileirão 2014. Com um jogador a mais deste o primeiro tempo - o Criciúma teve jogador o zagueiro Escudero expulso -, o time de Jorginho venceu o Tigre em Santa Catarina por 3 a 1. Caio brilhou e marcou duas vezes, enquanto Ayrton deixou o seu de falta. Atuação a destaca também do goleiro Wilson, que aparecebeu bem quando foi exigido. Serginho, no final do jogo, descontou para os catarinenses.
Com a vitória, o Leão deixa a zona de rebaixamento e espera o duelo entre Bahia e Internacional, ainda neste sábado, para saber se permanecerá fora da zona. Neste momento, o rival tricolor está no Z-4. O Vitória soma 11 pontos e ocupa a 16ª colocação. Já o Criciúma está em 14º, também com 11 pontos. Na próxima rodada do Brasileirão, a 13ª, o Vitória recebe o Grêmio, no Barradão, no sábado, enquanto o Criciúma visita o São Paulo, no Morumbi, no mesmo dia. 
O jogo Aproveitando o embalo da torcida, o Criciúma imprimiu ritmo intenso de jogo logo após o apito inicial, obrigando a zaga do Vitória a errar. Mas, apesar disso, o time da casa pouco assustou nos minutos iniciais. Aos dez, Serginho experimentou de longe, mas Wilson pegou fácil. Depois de segurar o sufoco inicial, o Vitória resolveu mostrar suas garras. E as mostrou bem afiadas. Aos 18, após Euller roubar bola na esquerda e cruzar para área, Dinei mandou para o gol e Luiz espalmou. No rebote, Caio abriu o placar. Vitória 1 a 0.
O gol rubro-negro deixou os jogadores do Criciúma nervosos. Aos 29, o Tigre criou três chances consecutivas de gol, na pequena áre, mas parou no goleiro Wilson e na falta de sorte. Em menos de dois minutos, o time da casa levou três cartões amarelos e o zagueiro Escudero foi expulso, por reclamação. Aos 43, João Vitor cobrou falta da entrada da área, mas mandou longe do gol.
Vitória voltou a vencer neste sábado (26) (Foto: Estadão Conteúdo)
Com Paulo Baier posicionando mais à frente e outras mudanças táticas no time, o Criciúma voltou para o segundo tempo confiante no gol de empate. Aos oito, o camisa 10 do Tigre até marcou, mas estava impedido e o árbitro anulou a jogada. Para azar dos donos da casa, Wilson estava em noite inspirada e, aos 19, salvou mais uma vez, em chute de Serginho. Se já tava ruim, a situação piorou aos 21. Após cobrança de escanteio, Caio aproveitou vacilo na zaga do Criciúma e, de cabeça, ampliou o placar. Vitória 2 a 0.
O segundo gol rubro-negro foi um verdadeiro balde de água fria nos catarinenses. Torcedores começaram a deixar o estádio e não viram o gol anula de Silvinho, do Criciúma, aos 28, que levou a bola com a mão. Instável, o Criciúma partia para o ataque a todo custo, enquanto o Vitória administrava o jogo e aproveita os contragolpes. Aos 38, mais um gol rubro-negro. Em cobrança de falta, Ayrton bateu bem e fez o terceiro do Leão. No fim do jogo, Serginho, de cabeça, diminuiu o vexame do Criciúma em casa, marcando de cabeça: 3 a 1.
Criciúma 1 x 3 Vitória - 12ª rodada do Brasileirão 2014Data: 25/7/2014, sab, 18h30
Local: estádio Heriberto Hulse, em Santa Catarina
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Luiz Cláudio Regazone (RJ) e Gilberto Stina Pereira (RJ)
Criciúma: Luiz; Eduardo, Fábio Ferreira, Escudero e Bruno Cortez; Serginho, João Vitor, Rafael Costa e Paulo Baier (Lucca); Silvinho e Michael (Danilo Alves, depois Ronaldo Alves). Técnico - Wagner Lopes
Vitória: Wilson; Ayrton, Alemão, Kadu, Euller; Marcelo (Luiz Gustavo), Adriano, Richarlyson (William Henrique) e Marcinho; Caio (Willie) e Dinei. Técnico - Jorginho
Correio da Bahia


Com falha de Lomba, Bahia perde para o Internacional na Fonte Nova e entra no Z-4

Com a derrota o Bahia chegou ao nono jogo sem vencer no Brasileirão 2014
Pode anotar mais um tropeço para a extensa sequência negativa do Bahia no Brasileirão. Em casa, na Arena Fonte Nova, o Esquadrão foi derrotado pelo o Internacional na noite deste sábado (26) e completou o nono jogo sem vencer na competição. O único gol da partida da 12ª rodada foi marcado por Wellington Silva e aconteceu graças a uma falha do goleiro tricolor, complicando mais ainda a situação do time, que entrou na zona do rebaixamento.
Depois de passar algumas rodadas à beira da degola, o Esquadrão acabou empurrado para a zona do rebaixamento. O Vitória venceu o Criciúma, subiu para a 16ª colocação, com 11 pontos, e fez o Tricolor cair para 17º, com os mesmos nove pontos que iniciou a rodada. O Inter saltou três posições e saiu de campo na vice-liderança, com 22 pontos, e aguarda os demais jogos da rodada para confirmar o posicionamento.
Na 13ª rodada o Bahia terá compromisso fora de casa, em São Paulo. No domingo (3), o Tricolor encara Palmeiras no Pacaembu, com bola rolando a partir das 16h. No mesmo dia, às 18h30, o Internacional terá o Santos pela frente, jogando em casa, no Beira Rio.
Bola rolando
O Bahia começou bem a partida na Arena Fonte Nova e tratou de imprimir a pressão inicial logo nos primeiros minutos. Marcando a saída de bola do Colorado, o Esquadrão marcava presença na área adversária e oferecia perigo á defesa. Logos aos 4', Kieza deu o primeiro susto quando arrancou com perigo, invadiu a área do Inter, mas demorou a chutar e deixou o zagueiro colorado cortar.
Esquadrão tomou o gol aos 21' do segundo tempo e não conseguiu reagir
Percebendo o posicionamento do Tricolor, o Inter tentava furar o bloqueio principalmente nas bolas lançadas para a área. Feito isso o Colorado ainda passou a valorizar mais a posse de bola e conseguiu encaminhar a partida para o equilíbrio antes da metade do primeiro tempo. Poucos minutos depois os visitantes já mostravam quase o dobro de posse de bola do Bahia e passavam a dominar o duelo. Após o longo período sem grandes ataques, a grande chance chegou para o Tricolor, mas Uelliton desperdiçou. Depois que Branquinho levantou na área, a bola sobrou para Uelliton, de cara com o gol, mas ele mandou o chute por cima, aos 32 minutos. Para além das poucas chances mal aproveitadas, o cenário com baixo número de finalizações se manteve até o final do primeiro tempo.
No retorno dos times para o segundo tempo, a partida continuou equilibrada, mas com o jogo aberto e o Inter ainda dominando melhor, e por mais tempo, a bola. Os visitantes foram os primeiros a mandar perigo para a área. Aos 14 minutos, Alex percebeu o clarão na marcação tricolor, mandou a bomba de fora da área e obrigou Marcelo Lomba a fazer boa defesa. O Inter continuou criando as chances e arrancou o gol na falha do goleiro tricolor. Wellington Silva chutou de longe aos 21' e Marcelo Lomba deixou a bola entrar depois de desviar em suas mãos.
Depois de descolar o gol com certa surpresa, o Internacional se manteve com mais posse de bola, dominando o jogo diante de um Bahia que não conseguia se articular para chegar ao ataque, e passou a trabalhar para administrar o resultado positivo. Mais concentrado na defesa e sem maior resistência do rival, o Colorado confirmou a vitória no apito final.

Bahia 0 x 1 Internacional - 12ª rodada do Brasileirão 2014Data: 26/7/2014, 21h
Local: Arena Fonte Nova, Salvador
Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC/FIFA)
Assistentes: Kléber Lúcio Gil (SC/FIFA) e Carlos Berkenbrock (SC)

Bahia: Marcelo Lomba; Roniery, Adailton, Titi e Pará; Uelliton, Léo Gago e Branquinho (Barbio); Henrique (Emanuel Biancucchi), Kieza e Rhayner (Rafinha). Técnico - Marquinhos Santos

Internacional: Dida; Wellington Silva, Paulão, Juan, Fabrício; Welligton, Willians, Alex (Igor), Alan Patrick (Claudio Wink); D'Alessandro (Eduardo Sasha), Rafael Moura. Técnico - Abel Braga
Correio da Bahia


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dunga anuncia nova comissão técnica da seleção com Taffarel e Mauro Silva

Treinador diz que pensa em chamar outros ex-campeões do mundo para compor a comissão técnica em outras oportunidades.

Um dia após assumir o comando da seleção brasileira, Dunga anunciou nesta quarta-feira, ao lado do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, a comissão técnica com que vai trabalhar (veja lista completa no fim desta reportagem). Andrey Lopes, que foi seu auxiliar no Internacional, desempenhará a mesma função. Fábio Mahseredjian é o novo preparador físico, e Rodrigo Lasmar continua como médico da seleção. As maiores novidades são os nomes dos tetracampeões Taffarel, como preparador de goleiros, e Mauro Silva, como um segundo auxiliar para as próximas duas partidas, que serão os amistosos contra Equador e Colômbia, em setembro. 

Dunga e Gilmar afirmaram, em transmissão feita na internet, pela CBF TV, que a escolha de Mauro Silva como auxiliar para os próximos dois jogos faz parte de uma iniciativa para utilizar “o DNA dos campeões mundiais”. Eles pensam em chamar outros ex-campeões do mundo para compor a comissão técnica em outras oportunidades.


Anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (Foto: Divulgação/CBF)

"O Mauro Silva será um auxiliar-técnico pontual. Teremos alguns jogadores convidados para nos ajudar. E o Mauro Silva foi o primeiro convidado para esses nossos primeiros jogos" explicou o coordenador de seleções.

Dunga foi apresentado na terça-feira como novo técnico da seleção brasileira, em substituição a Luiz Felipe Scolari, cujo contrato terminou ao fim do último jogo na Copa de 2014, a derrota por 3 a 0 para a Holanda na disputa do terceiro lugar. ê a segunda vez que o treinador assume o cargo. Na outra oportunidade, substituiu Carlos Alberto Parreira após o fracasso no Mundial de 2006, na Alemanha, e conduziu a equipe ao 6º lugar na Copa seguinte, a de 2010, na àfrica do Sul.

No comando da seleção Dunga teve 76% de aproveitamento, com 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas em 60 partidas. No período de quatro anos de seu trabalho, classificou o Brasil em primeiro lugar nas eliminatórias, conquistou a Copa América, com vitória por 3 a 0 sobre a Argentina na final, e foi campeão também da Copa das Confederações, ao superar os Estados Unidos numa decisão dramática, vencida por 3 a 2.

O novo treinador, segundo garantiu o coordenador geral de seleções, Gilmar Rinaldi, precisará estar de acordo com a ideia que ganhou ares de urgência nacional após a decepção na Copa em casa: renovar a equipe. Isso significa aproveitar jogadores jovens. Levando-se em conta o trabalho anterior à frente da seleção - de 2006 ao fim da Copa de 2010 -, as credenciais do técnico não apontam exatamente nessa direção.

"A filosofia de trabalho é simples: vamos priorizar a base e a nossa qualidade coletiva" afirmou Gilmar, durante a apresentação do treinador.

Dunga levou ao Mundial da África do Sul o elenco com a média de idade mais alta da seleção brasileira em todos os Mundiais: 28,7. O técnico convocou jogadores sem perspectiva de participarem de outras Copas, como os estreantes Josué, de 30 anos, e Grafite, de 31. Além deles, também fizeram parte da equipe o campeão mundial Kléberson, também com 31, e o lateral-esquerdo Gilberto, que participara da Copa de 2006. Todos eles foram reservas em 2010. No Brasil, ficaram Paulo Henrique Ganso (20), Alexandre Pato (20), Neymar (18) e Marcelo (22), jogadores que poderiam ganhar experiência pensando em participações futuras em Copas.

As deficiências no trabalho de renovação também aparecem no número baixo de jogadores estreantes que permaneceram na seleção para o Mundial seguinte. Dos convocados por Dunga que nunca haviam disputado uma Copa, apenas quatro estiveram com Felipão em 2014: Maicon, Daniel Alves, Thiago Silva e Ramires.

A COMISSÃO TÉCNICA COMPLETA 

Assistente técnico - Andrey Lopes
Assistente técnico pontual - Mauro Silva
Preparador físico - Fabio Mahseredjian
Preparador de goleiros - Claudio Taffarel
Médico - Rodrigo Lasmar
Fisioterapeuta - Odir de Souza
Administrador - Guilherme Ribeiro
Assessor de comunicação e imprensa - Vinicius Rodrigues 
Analista de desempenho tático - Fernando Lázaro Alves
Chefe de segurança - Moacyr Alcoforado
Massagista - Sergio Luís Oliveira
Roupeiro - Manuel Carvalho de Souza
Roupeiro - Waldecir Leandro do Nascimento

Correio da Bahia

domingo, 20 de julho de 2014

Massa bate na 1ª volta de novo e abandona GP da Alemanha

Massa bate na 1ª volta de novo e abandona GP da Alemanha
Na última prova, dia 6 de julho, foi tocado pela filandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, e sequer completou uma volta. Duas semanas depois, mudando apenas o piloto, o brasileiro Felipe Massa mais uma vez não conseguiu alcançar a segunda volta da corrida.
Neste domingo (20), no GP da Alemanha, ainda na primeira curva, o carro do brasileiro foi tocado pelo jovem Kevin Magnussen. A Williams de
Felipe Massa capotou na pista, mas ele saiu ileso do acidente.

Antes da corrida, largando no terceiro lugar do grid, Massa estava esperançoso em realizar uma boa prova.

"O carro está bom, competitivo, espero ter uma boa corrida", disse.

Com dos insucessos consecutivos, Felipe Massa agora volta suas atenções para o próximo domingo, no GP da Hungria.

Bahia Notícias

domingo, 13 de julho de 2014

Alemanha vence Argentina na prorrogação e é tetracampeã da Copa do Mundo 2014

A vitória veio aos oito minutos do fim da prorrogação, Götze marcou a oito minutos do fim


A Alemanha venceu a decisão do título mundial no Maracanã e é campeã da Copa do Mundo 2014. Um duelo de gigantes que já haviam decidido outras duas Copas. Em 1986, os argentinos triunfaram, e em 1990 foi a vez dos alemães comemorarem. 
A vitória veio aos oito minutos do fim da prorrogação, Götze recebeu na área, matou no peito, e abriu o placar para a Alemanha. O gol valeu o tetracampeonato para os europeus. Götze entrou no final do segundo tempo, no lugar do atacante Klose. 
Alemanha vence a Argentina na prorrogação e é campeã da Copa do Mundo 2014; AO VIVO (Foto: AFP)
Em um duelo equilibrado, os europeus impuseram o seu estilo de jogo desde o início, diante da retranca montada pelo técnico Alejandro Sabella, e precisaram de 112 minutos para confirmar o favoritismo. Depois de um duelo aguerrido e sem gols durante 90 minutos, a Alemanha buscou o gol salvador aos 7 minutos do segundo tempo da prorrogação. 
André Schürrle disparou pela esquerda e cruzou na área para Götze, que dominou no peito e bateu para as redes, para alegria de alemães e choro dos torcedores argentinos presentes no Maracanã. Com o triunfo, a Alemanha desempatou os duelos contra a Argentina em finais de Copa, a decisão mais repetida da história. Em 1986, os sul-americanos levaram a melhor. Quatro anos depois, foi a vez do time europeu erguer a taça.
Dötze - Autor do gol alemão
Antes, a Alemanha já se sagrara campeã em 1954 e 1974. Curiosamente, os alemães faturaram o tetra 24 anos depois da conquista do tricampeonato, assim como fizeram o Brasil e a Itália, outras duas seleções que têm quatro troféus - a seleção brasileira já soma cinco títulos. A Copa de 2014 repetiu ainda as últimas duas edições, ao ser decidida na prorrogação. 
A Alemanha contou com ampla torcida brasileira, mesmo depois do vexame que impôs à seleção nacional na semifinal. Mas, mesmo com o favoritismo adquirido na goleada de 7 a 1, teve dificuldade contra o bom e compacto time argentino, que não teve o machucado Angel Di María. 
Para equilibrar, a Alemanha perdeu Khedira antes do apito inicial. Ele se machucou durante o aquecimento. O primeiro tempo foi um duelo da retranca contra o toque de bola alemão. Mas, mesmo na defensiva, os argentinos criaram as melhores chances. No segundo tempo, os sul-americanos esboçaram uma pressão no início, mas logo sucumbiram ao cansaço, em razão da sequência de jogos duros e decididos na prorrogação e pênaltis. 
A Alemanha, contudo, não aproveitou a chance e precisou decidir a partida somente no tempo extra. O título coroa a boa campanha alemã na Copa, que teve início com uma retumbante goleada de 4 a 0 sobre Portugal do melhor do mundo, o atacante Cristiano Ronaldo. Depois de atuações temerosas contra Gana e Argélia, o técnico Joachim Löw soube ajustar o time para ganhar ainda mais consistência, deixando para trás seleções tradicionais como França e Brasil. 
Na final, foi a vez de superar a bicampeã Argentina. O tetracampeonato também premia todo o planejamento da Alemanha, que estabeleceu em 2002 um vitorioso plano para renovar o futebol nacional. Os resultados culminaram na revelação de jogadores que passaram a atuar juntos desde a Copa de 2006. Naquele ano e em 2010, a seleção terminou em terceiro lugar, após o vice-campeonato de 2002. A busca pelo quarto título, enfim, teve final feliz.
Correio da Bahia

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Goleada faz Alemanha quebrar recorde do Brasil

Com goleada histórica, Alemanha ultrapassou o Brasil e agora é a seleção que mais marcou gols na história da Copa do Mundo


A derrota - aprende-se ainda na infância - é do jogo. O vexame - que nem sempre dá pra evitar – é da vida. Na vida e no jogo, há fatores que não se pode ver ou tocar. Na vida e no jogo, existem fatores que, de tão claros, se pode até contar.
Os números não explicam tudo, mas ajudam a entender a dimensão de um episódio. A derrota (o vexame) da Seleção Brasileira por 7x1 frente à Alemanha no jogo de ontem, no Mineirão, já está marcada na vida. É o que dizem os números. 
David Luiz chora após a derrota. Ontem, até ele jogou muito mal(Foto: Adrian Dennis/AFP)
Em 100 anos de história, a Seleção nunca havia sofrido massacre tão volumoso. Nem aula de futebol tão bem dada. Com a mesma diferença, a goleada de ontem supera em gols sofridos a derrota de 6 x 0 para o Uruguai, num longínquo 1920. Tratando-se apenas de Copa do Mundo, o desastre se estende: o pior revés brasileiro havia sido na final de 1998, naquele 3x0 para os franceses.
O Brasil conseguiu sucumbir às marcas que ele mesmo detinha. Ontem, se igualou como vítima da maior goleada numa semifinal de Copa, pois em 1950 havia enfiado 7x1 na Suécia. Além disso, a Seleção era dona do triunfo mais extenso contra um anfitrião de Mundial. Em 1958, impôs 5x2 nos suecos - lá na Suécia. Em Minas Gerais, prevaleceu o rolo compressor alemão.
Rolo compressor que, em 29 minutos, já havia entupido a meta brasileira com cinco gols. Num Mundial, um time jamais fez tantos em tão pouco tempo. Mais: desde 1938 o Brasil não tomava cinco gols numa partida de Copa. Deu-se contra a Polônia, mas ganhamos por 6x5. Desde 1939, quando foi chamuscado por 5x1 pela Argentina, a Seleção não tomava cinco gols jogando de casa. Tomou sete.
Mais notável que os cinco gols em 29 minutos de ontem, só a sequência de quatro tentos em seis minutos dos alemães: Klose aos 23 do primeiro tempo, Kroos aos 24 e 26 e Khedira aos 29. É a neo-Blitzkrieg, alguém poderá dizer, lembrando do termo germânico para a estratégia de guerra-relâmpago utilizada na II Guerra Mundial.
No comando do ataque, mais uma marca brasileira fica pra trás. Klose fez seu 16º gol em Copas, superando Ronaldo Fenômeno e se isolando como recordista de bolas na rede em Mundiais. Mais: num único jogo, a Alemanha ultrapassou o Brasil em gols marcados em Copas do Mundo. Agora tem 223 contra 221. 
A tortura numérica não cessa. A Seleção sofreu ontem sua primeira derrota em casa desde 2002, quando viu o Paraguai fazer 1x0 num amistoso em Fortaleza. Em partidas oficiais, a derrota ocorrera pela última vez em 1975 – 1x0 para o Peru pela Copa América. 
Mas, é preciso ter clareza, essas derrotas não são nada perto do que ocorreu ontem. São apenas derrotas. Ontem - pelo que se pode contar e pelo que não se pode nem ver – foi um vexame.
Correio da Bahia

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Em treinamento, Felipão escala Paulinho e testa titulares sem Fred

Felipão logo fez mudanças e deu indicação de que Paulinho deve ir a campo para substituir Luiz Gustavo


Depois de passar sufoco contra o Chile e receber muitas críticas, o técnico Felipão fez mudanças no treinamento desta quarta-feira (2) de olho na Colômbia, sexta-feira, pelas quartas de final. Mas foi só para o comecinho do treino: Fred vestiu o colete e começou entre os reservas. Hernanes, Ramires e Willian compuseram o meio.
Felipão logo fez mudanças e deu indicação de que Paulinho deve ir a campo para substituir Luiz Gustavo, suspenso para o confronto contra a Colômbia. No final, Maicon entrou no lugar de Daniel Alves e Henrique substituiu Fred, mudando o esquema tático da seleção.
Depois de dois trabalhos físicos, Scolari modificou e remontou o time, no que deve ser a equipe que vai ser titular sexta: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Fernandinho, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred.
Na última atividade na Granja Comary antes da viagem da delegação para Fortaleza, a comissão técnica reduziu o tamanho do campo para fazer um trabalho tático. No primeiro tempo, só teve um gol - e foi de pênalti, convertido por Fred.
Depois de um pequeno intervalo, Felipão fez as mudanças mais radicais. Trocou Daniel Alves por Maicon e colocou Henrique, atuando à frente dos zagueiros, na vaga de Fred.
Mais uma vez, o lado direito da defesa brasileira demonstrou muita fragilidade. Bernard explorou o lado de Daniel Alves, e o time reserva criou bons lances por ali. A equipe ficou com Julio César, Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Henrique, Fernandinho, Paulinho e Oscar; Hulk e Neymar.
Já com esse time, Jô fez gol para os reservas e Paulinho empatou.
Antes do fim do treino, Ramires entrou no lugar de Hulk.

Fred chegou a ser colocado na reserva durante treino (Foto: Vipcomm)
Correio da Bahia