quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Tite confirma volta de Neymar e convoca corintianos Cássio e Fagner para seleção

Neymar foi uma das principais novidades da seleção em relação à lista anterior - Foto: Pedro Martins | MoWA Press | Divulgação | 10.11.2016
Pedro Martins | MoWA Press | Divulgação | 10.11.2016
O técnico Tite anunciou nesta quinta-feira, 10, na sede da CBF, no Rio, os convocados da seleção brasileira para os dois próximos confrontos do time nacional nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, contra o Equador, no dia 31 de agosto, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, e Colômbia, em 5 de setembro, fora de casa, em Barranquilla.
Ausente dos amistosos contra Argentina e Austrália, em junho, quando foi poupado por Tite na reta final da sua última temporada europeia pelo Barcelona, Neymar voltou a figurar entre os convocados pelo comandante e foi uma das principais novidades da seleção em relação à lista anterior divulgada pelo treinador. Outra foi a presença do goleiro Cássio, que vive grande fase no Corinthians e teve o bom momento premiado.
O outro único convocado do líder disparado do Campeonato Brasileiro foi o lateral-direito Fagner, que já havia feito parte da lista de chamados por Tite para os amistosos contra argentinos e australianos. O meia Rodriguinho, que integrou aquela listagem e também atravessa ótima fase com a camisa corintiana, desta vez ficou fora desta convocação.
Já Neymar está de volta a uma convocação após ser descartado da anterior porque estava altamente desgastado após uma sequência de três temporadas sem férias completas. Agora, porém, está em boas condições físicas depois de ter participado com brilho da pré-temporada do Barcelona antes de se tornar reforço do Paris Saint-Germain - na semana passada, ele foi apresentado oficialmente em seu novo time após o clube francês aceitar pagar a multa rescisória de contrato de 222 milhões de euros (cerca de R$ 820 milhões) para tirar o astro do Barça e concretizar a negociação mais cara da história do futebol mundial.
Entre os goleiros chamados desta vez, apenas Ederson, do Manchester City, permaneceu em relação à lista anterior. Convocados anteriormente, Diego Alves (Valencia) e Weverton (Atlético-PR) agora deram lugares a Alisson, da Roma, hoje considerado o titular da posição na seleção, e ao corintiano Cássio.
Em maior evidência após a chegada de Neymar, o Paris Saint-Germain foi o clube com o maior número de jogadores convocados nesta lista. Além do atacante, o time teve como chamados o lateral-direito Daniel Alves, outro recém-contratado pelo clube francês, e os zagueiros Marquinhos e Thiago Silva.
Miranda (Inter de Milão) e Rodrigo Caio (São Paulo) foram os outros dois defensores convocados por Tite. O atleta são-paulino, Cássio, Fagner e o meia-atacante Luan, do Grêmio, foram os únicos jogadores que atuam no futebol brasileiro que foram incluídos nesta lista.
Diego Souza, convocado como atacante para os amistosos contra Argentina e Austrália, desta vez não foi chamado por Tite, que para o setor ofensivo chamou, além de Neymar, Roberto Firmino (Liverpool), Gabriel Jesus (Manchester City) e Taison (Shakhtar Donetsk).
No meio-campo, outro que ficou fora após ganhar chance na lista anterior como aconteceu com Rodriguinho foi Lucas Lima, do Santos. Sem o santista, o setor teve como principal novidade o retorno do volante Casemiro, do Real Madrid, também ausente dos amistosos na Austrália. Os outros confirmados como meio-campistas nesta quinta são os mesmos convocados para os duelos contra Argentina e Austrália.
Marcelo, titular da lateral esquerda da seleção e do Real Madrid, é mais um que retorna após ficar fora da última convocação por estar então envolvido na final da Liga dos Campeões da Europa - o mesmo ocorreu naquela ocasião com Daniel Alves, então lateral da Juventus. Filipe Luis, reserva da posição, voltou a figurar na lista após ter ido com a seleção para os jogos de preparação em solo australiano.
Com o Brasil já classificado para o Mundial com quatro rodadas de antecedência para o fim do qualificatório da América do Sul, Tite poderá se dar ao luxo de usar estes últimos confrontos para promover testes e afinar a melhor formação visando a grande competição que será realizada na Rússia no próximo ano.
Após encarar os equatorianos e os colombianos, o líder disparado das Eliminatórias Sul-Americanas, com 33 pontos, vai fechar a sua campanha nas Eliminatórias em jogos contra a Bolívia na altitude de La Paz, em 5 de outubro, e contra o Chile, cinco dias depois, no Allianz Parque, em São Paulo.
Também nesta quinta, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, foi confirmado como chefe da delegação da seleção nestes dois próximos jogos das Eliminatórias após ser convidado pela CBF para ocupar a função.
Confira os convocados da seleção brasileira:

Goleiros - Alisson (Roma), Cássio (Corinthians) e Ederson (Manchester City).
Laterais - Daniel Alves (Paris Saint-Germain), Fagner (Corinthians), Filipe Luis (Atlético de Madrid) e Marcelo (Real Madrid).
Zagueiros - Marquinhos (Paris Saint-Germain), Miranda (Inter de Milão), Rodrigo Caio (São Paulo) e Thiago Silva (Paris Saint-Germain).
Meio-campistas - Casemiro (Real Madrid), Fernandinho (Manchester City), Paulinho (Guangzhou Evergrande), Giuliano (Zenit), Luan (Grêmio), Renato Augusto (Beijing Guoan), Philippe Coutinho (Liverpool) e Willian (Chelsea).
Atacantes - Roberto Firmino (Liverpool), Gabriel Jesus (Manchester City), Neymar (Paris Saint-Germain) e Taison (Shakhtar Donetsk).
A TARDE

Punição é mantida e Lucas Fonseca não joga contra o Atlético-PR

Zagueiro estava atuando sob efeito suspensivo, mas ainda terá que cumprir mais um jogo pela expulsão diante do Flamengo

Lucas Fonseca não poderá atuar contra o Atlético-PR (Felipe Oliveira / EC Bahia)
A intenção era fazer apenas uma mudança em relação ao time que venceu o São Paulo na última rodada, já que o lateral-esquerdo Armero, com dores na coxa, dificilmente reunirá condições de jogo. No entanto, o técnico interino, Preto Casagrande, também não poderá contar com Lucas Fonseca para o jogo de domingo (13) contra o Atlético Paranaense, às 19h, na Arena da Baixada. 
O zagueiro foi julgado pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que manteve a pena de dois jogos para o jogador pela expulsão diante do Flamengo, negando o recurso que havia sido movido pelo departamento jurídico do tricolor. Como cumpriu apenas uma partida até então e estava jogando sob efeito suspensivo, Lucas Fonseca só voltará a ficar à disposição diante do Vasco, pela 21ª rodada. 
Sem Lucas, Preto Casagrande escolherá entre Eder, Rodrigo Becão e Everson para formar dupla com Tiago. O primeiro é o que tem mais chances. 
Correio da Bahia

Filho de Caio Jr desabafa sobre homenagens à Chape: 'não merece'

Em evidência desde a tragédia que matou 71 pessoas, em novembro do ano passado, a Chapecoense segue sendo homenageada. Na segunda-feira (7), por exemplo, a equipe catarinense, foi ao Camp Nou, na Espanha, para jogar um amistoso contra o Barcelona, uma das maiores equipes de futebol do mundo.
Foto: Divulgação (Caio Jr foi um dos mortes na tragédia da Chapecoense)
A homenagem teve uma marca especial: o retorno de Alan Ruschel, um dos únicos três atletas sobreviventes da queda do avião da LaMia. Ao todo, 19 jogadores morreram. Retorno triunfal, justo, merecido. Mas todas essas homenagens ainda mexem em uma ferida recente: a dor da perda.
Ao ler uma coluna do jornalista Juca Kfouri, o filho do técnico Caio Júnior, também morto no acidente aéreo, criticou a postura da atual diretoria da Chapecoense. Em um texto breve, Matheus Saroli, 25 anos, falou sobre o seu sentimento em relação a todo o marketing envolvendo a equipe catarinense.
"Meu nome é Matheus, sou filho do Caio Junior. Os integrantes da Chapecoense pós-desgraça estão vivendo momentos inesquecíveis, tendo oportunidades únicas em cima daqueles que se foram. Viagem para Europa, visita ao Papa, jogo contra o Barcelona. Sonhos do meu pai. Quem está vivendo isso, não merece (com exceções óbvias)", escreveu.
"Além disso, o clube, que agora é dirigido por pessoas completamente desligadas da tragédia, se beneficia diariamente da exposição de sua marca, gerando mais dinheiro do que poderia ser imaginado. Isso tudo sem nenhuma prestação de conta às famílias. Eles criaram uma camisa nova em homenagem ao CLUBE  e não às vítimas — mesmo às vítimas já não seria algo nobre na minha opinião, visto que seria vendido e a renda seria destinada ao próprio clube. Enquanto a delegação aproveita pelo verão europeu, por aqui não conseguimos nem ligar a TV", completou ele.
Correio da Bahia

Mancini admite que ligação com o elenco mudou postura do Vitória

Técnico reconhece ter tomado atitudes para melhorar ambiente no vestiário rubro-negro
Mancini era o técnico preferido dos jogadores do Vitória (Maurícia da Matta / EC Vitória)


Há 15 dias no Vitória, Vagner Mancini não nega ser o treinador da preferência do elenco. Também reconhece que esse fator tem sido fundamental para a retomada da equipe, que somou sete pontos em três jogos disputados com ele – mais de 77% de aproveitamento.
O técnico aponta uma entrega maior da equipe: “Não tenha dúvida. Quando existe a aceitação dos atletas em relação ao nome do treinador, também há o comprometimento destes jogadores em fazer o que eu vou exigir”, comenta.
“Talvez isto tenha sido fundamental para a minha chegada”, reflete. “O primeiro elo saudável (nessa retomada do Vitória) foi esse, o fato de eu já ter sido técnico de vários dos atletas e de me dar bem com todos eles. Acho aliás que isso é uma obrigação do treinador, não dá para ter alguém no grupo com quem eu tenha alguma restrição”.
Mancini admite, indiretamente, que a relação dos jogadores com os profissionais que os chefiavam não era das melhores. Disse ter encontrado alguns exageros da antiga gestão de futebol, como por exemplo o fim da pizza no vestiário após cada triunfo, um costume desde o ano passado. “É algo simbólico. É até um incentivo você sair da partida vitorioso e ter uma pizza para você comer”, considera.
Mais perguntas para Vagner Mancini:
O que você encontrou de errado quando chegou ao Vitória?
"Na verdade não encontrei nada de errado porque, quando sentei para conversar com o Vitória, os dirigentes me disseram que iam fazer uma limpeza no clube. E eles fizeram tudo antes de eu entrar. Eu não tive que tomar medida nenhuma, somente em relação ao vestiário, de mudar o ambiente que estava ruim, e dentro de campo, de organizar a equipe que vinha sofrendo muitos gols. Mancini não fez nada além disso".
Mas você admite que encontrou um ambiente conturbado. O que fez para mudar isso?
"Fiz questão de não saber o que vinha acontecendo. Eu disse aos atletas: ‘não me importa se fulano não fala com cicrano. O que me importa é que a partir de hoje vou detectar tudo e, onde tiver qualquer tipo de problema, eu vou intervir’. Com isso eu não quis saber o que aconteceu na época de (Alexandre) Gallo, Argel (Fucks) ou Petkovic. Para mim, tudo havia ficado para trás".
Você foi o treinador da preferência dos atletas. Cléber Giglio foi o diretor de futebol da sua preferência?
"Cléber foi um dos nomes colocados pela diretoria na mesa. E eu, por ter amizade com ele, estive próximo da negociação. Mas não o indiquei. Quando vieram me perguntar sobre ele, falei que já o conhecia e que gostava do seu trabalho. Talvez isso tenha sido algo favorável para a sua contratação, sim, mas nunca trabalhei com ele em outro clube. Eu o conhecia do Figueirense, porque algumas vezes tentou me levar para lá, e conversamos muito".
Fechar um contrato até o final de 2018 foi uma cartada sua para garantir um trabalho mais planejado, já que neste ano você chegou em uma situação complicada?
"Foi uma cartada minha e enxerguei que o clube aceitaria porque estava numa situação difícil. Agora, todo projeto pode ser quebrado, como vários foram quebrados ao longo destes anos. A gente está vendo aí quantos técnicos estão sendo demitidos. Eu acho importante que você fale a mesma linguagem da sua diretoria e dos seus atletas. Por isso até agora a coisa andou bem. A partir do momento que nós tivermos derrotas, que são inevitáveis no futebol, veremos como é que a gente vai proceder".
Correio da Bahia