quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Marin quer marcar amistoso contra Alemanha para “exorcizar” 7 a 1

A derrota para a Alemanha, na semifinal do dia 8 de julho no Mineirão, foi a pior da seleção brasileira em seus 100 anos de existência

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quer uma “revanche” contra a Alemanha para “exorcizar” a humilhação da derrota por 7 a 1 nas semifinais da última Copa do Mundo. A informação é do presidente da entidade, José Maria Marin, que já pediu internamente a seus assessores para buscarem contratos e acordos que permitam que haja o amistoso contra os atuais campeões mundiais.
“Queremos esse jogo. E que seja logo, para espantar o que aconteceu na Copa”, revelou Marin, que está nesta semana em Zurique, na Suíça, para reuniões na Fifa. Segundo o dirigente, o Brasil aceitaria até mesmo enfrentar os campeões mundiais na casa deles. “Podemos ir lá na Alemanha, se eles quiserem. Não temos problemas. O que queremos é virar a página”, declarou.
A derrota para a Alemanha, na semifinal do dia 8 de julho no Mineirão, foi a pior da seleção brasileira em seus 100 anos de existência. Foi também a maior goleada sofrida por um time anfitrião da Copa, num resultado que se transformou em um dos capítulos mais dramáticos da história da competição. Marin, agora, acredita que um reencontro com a Alemanha marcaria uma “nova fase” para a seleção brasileira e para o técnico que assumiu o comando após o vexame na Copa. “Isso vai ser importante para a Era Dunga”, avaliou o dirigente. Esse amistoso, porém, só poderia acontecer em 2015, por conta da falta de datas disponíveis até o final do ano.
(Foto: AFP)
Foto: AFP
Ouro olímpico
Marin insistiu nesta quarta-feira que o foco da CBF, porém, é a Olimpíada de 2016, no Rio. Para ele, a conquista da inédita medalha de ouro seria uma forma de apagar o desastre da Copa. “A seleção na Copa não correspondeu. Precisamos ser honestos. Mas a Olimpíada pode ser a oportunidade para retribuir à população brasileira e ao torcedor o que não tiveram em 2014”, explicou.
Ele ainda destacou que vem conversando com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, sobre a importância do torneio de futebol nos Jogos de 2016. “Vamos montar um trabalho para, até lá, ter um time competitivo”, avisou Marin, que, no entanto, lembrou da dificuldade para chegar ao inédito ouro olímpico. “Não será fácil”, reconheceu. O dirigente também deixou claro que as Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, que começam já no ano que vem, serão “extremamente difíceis”.
“O que vemos é que o nível de todas as seleções sul-americanas aumentou muito e isso vai ser um desafio”, disse Marin.
Correio da Bahia

domingo, 21 de setembro de 2014

Vitória vence Ba-Vi com virada na Arena, salta na tabela e empurra o Bahia para a degola

Kieza, Kadu e Luiz Gustavo, nesta ordem, marcaram os gols do clássico


Foto: Arquivo Correio


A festa voltou a ser rubro-negra depois de um Ba-Vi. Aos olhos atentos de mais de 25 mil torcedores na Arena Fonte Nova, o Vitória arrancou, de virada, o triunfo sobre o Bahia no clássico do returno do Brasileirão, pondo fim à sequência de oito embates sem conseguir vencer o maior rival. O Esquadrão saiu na frente com apenas cinco minutos de jogo, com Kieza, o Rubro-negro empatou logo em seguida, com Kadu e nos primeiros minutos da segunda etapa marcou o gol da virada com Luiz Gustavo, fechando em 2 a 1 o placar da partida da 23ª rodada.
Com três pontos a mais, o Rubro-negro foi a 24 e deu um salto de seis posições na tabela, da lanterna para a 14ª colocação. De quebra, o Vitória ainda empurrou o Bahia de volta para a zona do rebaixamento. Com os mesmos 23 pontos, o Tricolor perdeu duas posições e caiu para 18º.
O Leão sai de solo baiano para a disputa de seu próximo compromisso. Na quinta-feira (25), o Vitória encara o Palmeiras, no Pacaembu, às 19h30, em mais um embate de times da parte de baixo da tabela. A Arena Fonte Nova volta a ser o palco do Bahia na próxima rodada. Na quarta-feira (24) o Esquadrão recebe o Sport, com bola rolando a partir das 21h.
Começou com tudo - Início de jogo em altíssima rotação na Arena Fonte Nova. Com o duelo pegado na disputa de bola, mas aberto, as duas equipes aproveitavam os espaços para buscar o ataque e a rede não demorou balançar. Logo aos cinco minutos o Bahia abriu o placar. Depois da bola cruzada para a área do Vitória, Kieza apareceu sem marcação e aproveitou para cabecear e iniciar a contagem. Mas o Leão foi rápido na reação e empatou três minutos depois. Richarlyson levantou para a área tricolor na cobrança de falta e Kadu completou depois do bate-rebate.
O ritmo da partida continuou acelerado depois do empate, com o Vitória mostrando um pouco mais de controle de bola e dinamismo nos passes e ameaçando nas investidas em direção à área tricolor. O Bahia também não se intimidava, mas tinha mais dificuldade para conseguir completar as jogadas no ataque. A melhor chance rubro-negra depois do gol saiu aos 27 minutos, quando Nino mandou o cruzamento da direita, Dinei subiu na pequena área, mas cabeceou por cima do gol. O Esquadrão deu o seu susto aos 34'. Léo Gago pegou a sobra da bola cruzada na área do Vitória, mandou o chute e a bola passou perto, mas por cima do gol de Gatito.
Por muito pouco a virada rubro-negra não aconteceu aos 38 minutos de jogo, quando Roger Carvalho desviou o cruzamento para a área do Bahia de cabeça, mas a bola foi no chão e em seguida acertou a trave de Marcelo Lomba. Nos minutos restantes do primeiro tempo foram poucas as chances para os dois lados, com o embate equilibrado, e o empate prevaleceu até a saída para o intervalo.
Leão mais à frente - O Bahia voltou com modificação ofensiva para o segundo tempo, com Maxi no lugar de Léo Gago, mas foi o Vitória quem passou a tomar a iniciativa de ataque quando a bola voltou a rolar. E o passo à frente para buscar a virada acabou recompensado logo aos sete minutos da etapa final. Luiz Gustavo mandou o chute forte e rasteiro de fora da área, a bola acertou a trave e depois desviou na perna de Marcelo Lomba antes de invadir o gol. O Bahia não conseguia articular os passes para chegar no ataque e o Vitória aproveitava para continuar oferecendo perigo.
Refletindo o momento de pressão do Vitória mesmo depois de virar, na marca dos 17 minutos, mais uma vez a comemoração rubro-negra parou na trave. Nino Paraíba mandou o cruzamento, Juan cabeceou e acertou o travessão de Marcelo Lomba. O Bahia demorou a mostrar objetividade na busca pelo empate e só voltou a chegar com perigo aos 30 minutos, com Rafinha. Ele mandou o chute de longe e a bola passou tirando tinta da trave no ângulo direito de Gatito Fernandez.
Mesmo com a vantagem no placar, o técnico Ney Franco não deixou o time do Vitória recuar, seguiu fazendo mudanças ofensivas e provocou a equipe a continuar mostrando mais iniciativas que o Bahia. Com poucas chances criadas para mudar a situação, o Bahia não teve força para evitar a derrota diante do arquirrival.
Vitória 2 x 1 Bahia - 23ª rodada do Brasileirão 2014
Data: 21/9/2014, 16h
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG/FIFA)
Assistentes: Fabio Pereira (TO/FIFA) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE/FIFA)
Vitória: Gatito Fernandez; Nino Paraíba, Roger Carvalho, Kadu e Juan; Luiz Gustavo, Richarlyson (Mansur), Cáceres; Marcinho, Vinícius (William Henrique) e Dinei (Guillermo Beltran). Técnico - Ney Franco
Bahia: Lomba; Railan, Demerson, Lucas e Pará; Uellinton, Rafael Miranda, Léo Gago (Maxi Biancucchi) e Marcos Aurélio (Branquinho); Rafinha e Kieza. Técnico - Gilson Kleina
Correio da Bahia

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Torcedora acusada de racismo chora e diz que não quis ofender goleiro

Pessoas que aguardavam a chegada da torcedora do Grêmio gritaram “racista” para a jovem


A torcedora do Grêmio flagrada por câmera de TV xingando de macaco o goleiro Aranha, do Santos, prestou depoimento por cerca de uma hora nesta quinta-feira no processo que apura injúria racista.
Patrícia Moreira, 23 anos, chorava e demonstrou estar abalada, protegida por um parente. Pessoas que aguardavam a chegada dela gritaram “racista” para a jovem. A segurança foi reforçada, devido a temores de que Patrícia pudesse ser linchada.
Dois carros do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil ficaram parados perto da entrada da 4ª Delegacia de Polícia. A torcedora estava acompanhada também do advogado Alexandre Rossato. O depoimento de Patrícia não é o único no processo.
Torcedora acusada de racismo chora e diz que não quis ofender goleiro (Foto: Reprodução)
Outros torcedores suspeitos de terem cometido o crime de injúria racista contra Aranha já estiveram esta semana na delegacia para depor. Foram até agora nove pessoas intimadas. Na terça, falaram aos policiais o líder da torcida organizada Geral do Grêmio, Rodrigo Rysdyk, e Éder Braga, outro que aparece nas imagens xingando Aranha.
As ofensas punidas pela Justiça Desportiva ocorreram na partida em que o Grêmio foi derrotado, em casa, por 2 a 0, pelo Santos, no dia 28 de agosto. Aos 42 minutos do segundo tempo, o jogo foi paralisado com a denúncia do goleiro Aranha de que um grupo de gremistas gritava da arquibancada xingamentos racistas em sua direção.
Uma torcedora, depois identificada como Patrícia Moreira, de 23 anos, foi flagrada por uma câmera da ESPN aos gritos de "macaco, macaco".
Devido às manifestações racistas da torcida, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) excluiu o Grêmio da Copa do Brasil e cancelou o jogo da volta contra o Santos. A decisão, inédita no futebol da América Latina, foi elogiada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter. 
Correio da Bahia

Atacante do Vitória respeita manifestação e pede apoio


O treino desta quinta-feira (4) no Vitória, realizado no Barradão, foi marcado por protestos de torcedores da organizada “Os Imbatíveis”. Um grupo de quase 40 adeptos, levaram faixas para o estádio e entoaram cânticos. Um deles, dizia que o “time reserva é melhor do que o titular”.

O meia Marcinho disse que respeita a manifestação, mas pediu apoio incondicional da torcida neste momento difícil que a equipe passa no Campeonato Brasileiro. Em 18 jogos disputados, o Leão somou apenas 15 pontos e ocupa a lanterna do certame nacional.

“Respeito as manifestações de todo mundo e de qualquer parte da torcida que seja. Aqui não tem titulares ou reservas. Todo mundo busca melhorar cada dia e tenta tirar o Vitória dessa situação que é o mais importante para nós. Ouvimos muitas coisas fora daqui, mas não podemos trazer isso para nosso dia a dia. Já está difícil assim, se eles não apoiarem, vai ficar mais difícil ainda”, destacou.


O Vitória volta ao batente na manhã desta sexta (5) com um treino na Toca do Leão. No período da tarde, o elenco embarca para São Paulo, local da partida contra o Santos, que será disputado no sábado (6), no Pacaembu.

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